sábado, 14 de julho de 2012

Aquele Cara Do Trem

Apesar do título parecer título de contos eróticos, ou alguma merda assim, não se trata disso.

Eu estava no trem, voltando de um treino de Batalha Campal. O vagão estava quase cheio. Só tinha uns três lugares vazios: um entre duas mulheres, um na puta-que-pariu, e um (adivinha?) do meu lado, claro. Quer dizer, quem vai querer sentar do lado do gordinho cabeludo com roupa preta segurando um arco?
Firmeza.
Eu tava lá, olhando pela janela, brisando, até que sentou um cara do meu lado. Um negro, com camisa e calça de marca (aquelas tipo de funkeiro, como Oakley, etc...) e uma jaqueta do Gaviões da Fiel. Tipo, o cara simplesmente sentou do meu lado. Tinha mais uns três ou quatro lugares onde ele podia sentar, mas por quê do meu lado?
Entendam: nada contra a cor e o jeito de ele se vestir. E nada contra ele sentar do meu lado, também. Eu só achei engraçado. Ele não ficou me olhando torto, de esguelha, com a maior cara de bosta, quinem o resto do vagão estava fazendo. O cara simples e educadamente pediu licença, e sentou. Estranho, não? Um cara desse estereótipo sentar do meu lado sem sentir nojo de mim, quinem o resto do vagão estava fazendo.
Talvez tenha até ficado, de certa forma, satisfeito com isso, sabe? Percebendo que, além de mim, o único não-idiota, não existem apenas idiotas andando de trem.

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