sábado, 31 de dezembro de 2011

Ano Novo

Pois é, pois é, mais um ano se passou. Sabe, eu acho muito bom que eu não tenha nenhum arrependimento ou remorso do ano que passou (também não costuma ter), é diferente, também passar o ano sem guardar ódio de ninguém. Bem, espero que o 2011 de todos vocês tenha sido igual ao meu e que o nosso 2012 seja ainda melhor, com ainda mais bons momentos, mais risadas, mais etc e tal. E quero também que esse 2012 não passe tão rápido quanto o 2011 que já acabou, e parece que o primeiro dia de aula foi semana passada. E sim, é isso mesmo que vocês leram. No Alcina eu não chego a gostar de ter aula, mas lá eu percebo que entre alguns, eu sou querido e bem desejado. É, isso é muito bom. Acho que esse ano que começa daqui a 3 horas, 27 minutos e 7 segundos eu possa aproveitar ainda mais a companhia das pessoas que amo. Não só de parentes, mas de amigos também.  Queria ter passado muito mais tempo nessas reuniões de amigos, e que ocorressem muitas mais.
Alguém aí fez alguma promessa de ano-novo? Eu fiz. Prometi não fazer nenhuma promessa de ano-novo. Contraditório, mas eu não quero nenhum peso na minha consciência se eu não cumprir (lembra do meu remorso inexistente?).
Só quero agradecer a todos meus parente e familiares, a todos os meus amigos (Pandora, Ariane, Arthur-Gordo, Alê, Ata, Quejinho, Tio-Balinha, Fernando, Sango, Caio, Leo, Isaac, Patty, Isabela, Canassa, Guilherme, Matheus, Cris, Vini, Daeron, Mind e muitos mais) e a todo o pessoal da Shadowfax por todos os nossos bons momentos e pedir que tenhamos muitos mais ano que vem.

Bom, é isso. Nem parece que foi escrito por mim, né?
Feliz ano-novo, com muito amor, carinho, felicidades, blá blá blá e principalmente, com muito Rock And Roll and justice for all!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Meus Avôs

É só pra dedicar um post pros meus avôs.

Milton (Seu Zé) já morreu. Mas por mais que pareça coisa de clichê, ele está sempre nas nossas lembranças e nos nossos corações. Mentes, na verdade. Enfim, ele passou por coisas difíceis. Teve vários infartos, retenção de líquidos nos pulmões, e teve de cortar dois terços do coração. Tudo isso depois de velho. E ainda viveu mais de oitenta anos. Era a maior figura. Grosso, cretino, falava muita merda, preconceituoso, homofóbico... um velhão old-school, sabe? Mas também, era um homem sábio, honesto, um bom avô (deve ter sido um bom pai também, pois meu pai não deixa de ser um), batalhador, forte e inteligente. Sempre tinha um assunto sobre o qual conversar, e era realmente legal conversar com ele, mesmo que a gente nunca falasse realmente de nada. Acho que ele seria uma ótima pessoa para a qual pedir conselhos. É, foi uma merda ver ele lá deitado no caixão. Certo que por uma experiência sobre-natural ou não que eu tive, eu sei que ele está bem agora. Simplesmente sei e é o suficiente pra mim. Que bom que tive uma ótima conversa com ele, quando a gente viajou junto. Se não, a última memória que eu iria ter que guardar dele é a dele deitado no caixão. Resolvi ficar com a anterior. Ele estava bem e feliz... Adeus, Seu Zé.

Antônio (Toninho), ainda tá aqui com a gente. Felizmente. Depois de câncer de próstata e dois derrames, esses também depois de velho, ele ainda tá andando, conversando e vivendo. Claro que ainda tem sequelas, ele quase perdeu os movimentos da mão direita. Ele tá vencendo isso também. Fisioterapia. É realmente incrível que ele ainda consiga conversar com a lucidez que ele tem, mesmo que esteja lerdinho. Sabe, a gente nunca conversou de verdade. Só trocamos algumas palavras, mas o grande barato dele é que quando você está com ele, mesmo sem conversar, você percebe a alegria dele de ter um pouco de companhia, com aquele jeitão quieto e simples, de caipira, com aquele semblante calmo, no qual você percebe que há bastante sabedoria por tás daquele rosto cansado, que pode lhe dar muitos conselhos bons, se você perguntar. É, ele também é foda. Acho que vou dar um chapéu pra ele... Um abraço, Vô Toninho.

Minhas avós também não ficam atrás. Inês ainda cuida do meu avô Toninho, e de algumas encheções de saco que não quero falar agora. Também é muito forte, lutadora, esperta, gentil e bondosa. Sidney, Néi, esposa do Seu Zé, também, apesar de muitos dos defeitos que não quero citar, é uma mulher boa, inteligente, cheia de sabedoria, cultura, conhecimento e uma grande mente. Um beijo pra vocês também.

Eu simplesmente não acredito em quantas intriguinhas de família irritantes eles podem causar, diga-se de passagem. É um saco. Mas isso é de menos. Deixa pra lá. Isso aqui é um post pra homenagear os velhos que fazem parte da minha vida. Um abraço pra todos eles.

Capitão Abutre desligando.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal

Antes de mais nada, feliz Natal pra todo mundo. Que seus desejos se tornem realidade, que sua vida seja repleta de sucessos e alegrias e blá blá blá... E tudo isso é sério mesmo.
Natal, a época do ano em que celebramos o aniversário de Jesus Cristo, ocorre no dia 25 de Dezembro de todos os anos. Mas, se vocês acharam que eu ia dedicar uma postagem a dizer "Feliz Natal" e não dizer mais nada? É CLARO QUE NÃO! = D

O Natal, como vários outros símbolos cristãos é mais uma data anterior ao nascimento de Cristo, que foi adotada no dia 25 de Dezembro pelos cristãos, apesar desse dia não ser realmente o aniversário de Jesus. Algumas provas indicam que Jesus nasceu por volta de Setembro, ou outro mês entre esses aí, pois ninguém sabe a data verdadeira. Ninguém. O Natal foi colocado no dia 25 de Dezembro, pois quando o Cristianismo estava surgindo ainda fraco, começando a ganhar território, os cristãos da época sabiam que seria realmente difícil para que os recém-convertidos aceitassem suas datas e comemorações, que eram muito diferentes da que já conheciam, então os cristãos fizeram com que comemorações dos povos recém-convertidos fossem renomeadas e aceitas como tradições cristãs. Não foi diferente com o Natal, apesar de Jesus não ter nascido em 25 de Dezembro, eles colocaram essa data como Natal pois os povos que acabaram de se converter, aproximadamente nesse dia, comemoravam o Solstício de Inverno (Verão, aqui no hemisfério Sul), data em que o dia têm a maior duração do ano e inaugura o começo do Verão. Assim, os recém-convertidos poderiam fazer uma comemoração em nome de Jesus, de acordo com a Igreja Cristã, mas sem mudar em grande coisa as comemorações e os costumes para tal data (do mesmo modo que essa imagem de um Deus velho, barbudo e fodão foi tirada da mitologia grega, pois os cristãos, querendo que os povos convertidos temessem a seu Deus, foi pega a imagem do mais poderoso e temido Deus da mitologia grega. A imagem de Zeus).
A Árvore de Natal também tem outro significado. A três mil anos a.c., acreditava-se que as árvores também eram um símbolo divino, que por se projetarem para cima, significavam a união entre o Céu e a Mãe-Terra. Em uma tentativa de acabar com essa crença pagã sobre as árvores, Benedito São Bonifácio foi para a Turíngia (nem sei onde caralhadas fica isso), e cortou com um machado a árvore adorada pelos locais. Falhou. Os locais passaram a levar árvores (pinheiros, especificamente) para dentro de sua casa. Por ter falhado, São Bonifácio relacionou a forma triangular dos pinheiros com a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e o nascimento de Jesus. Os laços significam cultivar as amizades e amores, e etc..., as bolas significam os frutos que são o dinheiro e tal... deu pra sacar, né?
Fora que todo esse negócio de Papai-Noel também é todo inspirado. O Papai-Noel nasceu com o São Nicolau Tamaturgo, arcebispo turco que, por ser um homem muito bondoso, na noite do dia 24 de Dezembro, saía pelas ruas de pessoas pobres, e, enquanto todos dormiam, ele jogava moedas nas meias que eram colocadas na lareira das casas para secar. Com ele, Nasceram duas tradições: o Papai-Noel e a tradição mais cultivada na Norte-América, a de colocar meias na lareira, para que, quando fossem olhar as meias, tivesse algum presente ou lembrança dentro delas também, além de debaixo da árvore. A imagem de um Papai-Noel vestido todo de vermelho também nasceu no fim do século XIX e início do XX na Norte-América, onde para uma propaganda de Coca-Cola, eles usaram a imagem criada por um cartunista alemão que fez o Papai-Noel gordinho, vestido todo de verde e com botas pretas (tipo um lenhador old-school), e colocaram esse desenho vestido todo de vermelho, branco e preto, que são as cores do rótulo da Coca-Cola. Olhando por esse lado, a Dolly usou o Papai-Noel original, né?

Tão aí umas explicações sobre o Natal. Isso não muda o fato de que o Natal é legal. O que pode ser mais daora do que dar e receber presentes? Haha.

Feliz Natal pra todo mundo, bom fim de ano, blá blá blá e tchauzes.

Capitão Abutre desligando.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Eu Não Quero Crescer

Outro dia, eu estava jantando com a família, e, como sobraram alguns lugares na nossa mesa, outra família sentou junto da gente, pra não ter que esperar muito mais. Firmeza até ai. Mas depois que eu ouvi sobre o que meu pai estava conversando com o cara da outra família lá, eu pensei:

"Puta que pariu, hein? Ser adulto deve ser uma bela de uma merda. O pessoal aí sentou junto com a gente, meu pai puxou assunto, e não deu nem cinco minutos ainda ele já tá dando uma palestra do caralho sobre imposto, INSS, INPS, INPJ, CPF, AK-47, IPI, juros, imposto sobre uso de oxigênio, etc... Mano, os adultos nunca falam sobre coisas divertidas? Quero dizer, eles só falam de trabalho, imposto e política. Quase nunca vejo um adulto falando sobre algo engraçado, ou algo banal que não seja relacionado a trabalho, política e impostos. Parece que a vida deles gira em torno disso, eu nunca vi um adulto que tivesse uma discussão filosófica fodida que não fosse eu que tivesse conseguido levantar pra participar da conversa. Não precisa nem falar de coisas que sejam divertidas especialmente pra mim, só precisa falar de algo que seja realmente legal e interessante, não da porra do seu trabalho. Que saco."

Por isso, pela primeira vez no blog, eu vou postar a letra de uma música:


I Don't Want To Grow Up

When I'm lying in my bed at night
I don't wanna grow up
Nothing ever seems to turn out right
I don't wanna grow up
How do you move in a world of fog that's always changing things



Makes me wish than I could be a dog
When I see the price that you pay
I don't wanna grow up
I don't ever wanna be that way
I don't wanna grow up



Seems that folks turn into things they never want
The only thing to live for is today



I've gonna put a hole in my T.V. set
I don't wanna grow up
Open up the medicine chest
I don't wanna grow up



I don't wanna have to shout it out
I don't want my hair to fall out
I don't wanna be filled with doubt
I don't wanna be a good boyscout
I don't wanna have to learn to count
I don't want the biggest amount



No I don't want to grow up



When I see my parents fight
I don't wanna grow up
They all go out and drinkin all night
I don't wanna grow up
I'd rather stay here in my room
Nothing out there but sad and gloom
I don't wanna live in a big ol tomb on Grand St.



When I see the 5 0' clock news
I don't wanna grow up
Comb their hair and shine their shoes
I don't wanna grow up



Stay around in my ol hometown
I don't wanna put no money down
Don't wanna get a big ol loan
Work them fingers to the bone
I dont' wanna float on a broom
Fall in love get married then boom
How the hell did it get here so soon



No I don't want to grow up

Eu Não Quero Crescer

Quando estou à noite em minha cama
Eu não quero crescer
Sempre nada parece se mostrar direito
Eu não quero crescer
Como você move um mundo de névoa que está sempre mudando as coisas



Me faz desejar que eu fosse um cachorro
Quando eu vejo o preço que se paga
Eu não quero crescer
Eu não quero ser sempre daquele jeito
Eu não quero crescer



Parece que as pessoas se tornam coisas que nunca quiseram ser
A única coisa para se viver é o hoje



Vou fazer um buraco em minha TV
Eu não quero crescer
Abra a caixa de medicamentos
Eu não quero crescer



Eu não quero ter de gritar
Eu não quero que meu cabelo caia
Eu não quero ficar cheio de dúvidas
Eu não quero ser um bom escoteiro
Eu não quero ter de aprender a contar
Eu não quero ter muito dinheiro



Eu não quero crescer



Quando vejo meus pais brigando
Eu não quero crescer
Todos saem e bebem a noite toda
Eu não quero crescer
Fico bastante em meu quarto
Nada lá fora além de tristeza e obscuridade
Eu não quero viver numa velha e grande tumba numa rua principal



Quando vejo as noticias das cinco horas
Eu não quero crescer
Pentear seus cabelos e engraxar seus sapatos
Eu não quero crescer



Ficar dando voltas em minha velha cidade natal
Eu não quero gastar dinheiro
Eu não quero pegar empréstimo
Nem gastar meus dedos no trabalho até os ossos
Eu não quero voar numa vassoura
Me apaixonar, casar e então a explosão
Como diabos chegou aqui tão rápido?



Eu não quero crescer



Foda-se Tudo

Cara, olha isso:

- na Europa foram presos cientistas que, ao invés de usar ratos como cobaias de laboratório, usaram beagles.
- a vagabunda filha de um puto de um cavalo da enfermeira desgraçada que matou um york-shire na base da bicuda vai à público, e fala que tá arrependida.

Puta que pariu, mano, não é revoltante? Que tipo de doente desgraçado usa beagles como cobaia pra experiencia de laboratório? Pra depois, os coitados dos cachorros demorarem uma hora pra sair da gaiola, de medo das experiências! Pra começar, que não deviam usar nem ratos como cobaias! Os putos dos ratos nunca fizeram nada pra ninguém, eles só são nojentos, transmissores de doenças, porque nós, os humanos, os seres evoluídos, construímos nossas malditas cidades inúteis, e jogamos lixo em tudo que é porra de lugar! A CULPA É NOSSA! Porra, quanto a vida de um ser humano nojento vale mais do que a de um cachorro? PORRA NENHUMA! Quero que morram 100 humanos antes de matarem qualquer animal de qualquer espécie! O ser humano não serve pra absolutamente nada! Só serve pra matar e torturar a seus iguais, e pra ser motivo de sofrimento pra outras espécies e para si mesmo. O ser humano não vale nada. Bicho nojento, desgraçado, assassino, hipócrita, sanguinário, ganancioso, egoísta e cretino.
E essa vadia? A enfermeira vagabunda que espancou um cachorro que pesa um quilo pro coitadinho sofrer até morrer DOIS DIAS depois, todo fodido, quebrado e triste, só porque o cachorro fez coisas que todo cachorro faz, que no máximo é cagar no tapete, roer o sofá e mijar na parede. Ele merecia isso? Não! Não merecia! E ainda vai falar que está arrependida. Será que na próxima vez ela adota um hot-weiller? Espero que sim, pro cachorro devorar ela depois do primeiro tapa. Quanto tempo a vaca vai ficar presa? Dois anos. Três, no máximo. Sabe quanto uma pessoa que assassina um humano fica presa? Cinco (isso já descontando toda essa palhaçada de condicional, bom comportamento, pacto com Satã e o caralho a quatro). Que diferença, né? A VIDA DE UM HUMANO NÃO VALE MAIS DO QUE A VIDA DE UMA MERDA DE UM INSETO! POR MAIS ESCROTO QUE SEJA! Os humanos são uns bostas. Eles sofrem porque eles merecem. E deveriam sofrer muito mais. Mano, põe uma pessoa que mata um animal por simples crueldade na minha frente. Essa pessoa não vai pra cadeia, vai pro caixão. E eu vou pra cadeia. Pode assassinar quantas pessoas quiser, mas não põe a merda da sua mão em nenhum bicho, porque eu tô pouco me fodendo pra mendigos, eu tô andando e cagando pros africanos/árabes, eu não tô nem aí pra criança que vive na merda e estuda no meio da floresta, eu não quero nem saber daqueles indianos fodidos que tomam banho junto com cadáveres semi-cremados no rio, quero que se fodam os drogados, quero que se danem os aleijados e quero que se ferrem os fodidos em geral. Na verdade, quero que a humanidade inteira se foda. Não dou mais a mínima. Acaba logo com essa merda aqui, pois nós já demos tudo que tínhamos que dar e já causamos problemas e sofrimento demais não só pra outros seres como pra nós mesmos. Foda-se tudo. E, pra vocês terem uma noção, eu vi essas reportagens, e escrevi este artigo, quase chorando. E quem usa o termo "tal coisa é desumana", é um verdadeiro filho da uma égua. Pois toda a crueldade, maldade e coisas diabólicas foram criadas pela humanidade e cultivadas pela humanidade. Sendo assim, todo método de tortura, crueldade e auto-destruição é totalmente humano e normal.

(Espero que em 2012 seja mesmo o fim do mundo. O fim do nosso mundo.)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Armas São Armas

Mano, lembro que uma vez eu discuti com meu pai sobre o protagonista do meu livro. Bem, eu contei que o fodão é um ceifeiro (luta com uma foice). Ele falou que acha isso muito sinistro, pois a foice é a arma usada pela Dona Morte e o cacete a quatro.

- Por que é tão sinistro?
- Porque a foice é a arma da Dona Morte. Pelo menos em sua simbologia.
- Pai, então qual seria a diferença se ele usasse uma espada?
- Bem, a espada tem todo um significado diferente. Os monges budistas e hinduístas usam espadas, como se fosse uma extensão do corpo, para transmitir energia... Sem falar que a espada sempre foi a arma usada pelos heróis, por significar "cortar o mal pela raiz". O São Jorge, por exemplo, luta usando uma espada.
- E daí? Faria muita diferença se eu usasse uma AK-47, ou uma M16? A única diferença seria a eficiência de cada fuzil, mas ambos continuam sendo instrumentos feitos para matar. Tudo o que muda é a forma. Do mesmo jeito que uma espada e uma foice cumprem seu papel que é ajudar os seres humanos a arrancar os miolos uns dos outros sem nenhum motivo que justifique o ato. Armas são armas, não importa sua forma, tamanho e significado. Só porque a espada tem esse significado de "cortar o mal pela raiz" ela deixa de ser uma arma? Não. Sem falar que a foice tem mais uma utilidade além de matar: cortar bambú/milho/cana/palmito. Essa porra aí de ser uma arma da justiça é a maior baboseira. Quando os EUA explodiram Hiroshima e Nagasaki com a bomba-atômica, a bomba era outro "instrumento de justiça". Derramar sangue é derramar sangue, não importa o motivo; e armas são armas, não o tamanho e forma.

(Sem falar que eu já tô por conta do caralho com heróis como Eragon, ou Harry Potter. Cheios de suas virtudes e coisas assim. Já encheu. Mozes vai ser uma coisa inovadora: sinistro, sanguinário, que acredita que os fins justificam os meios, que passa por cima de qualquer imbecil que tentar pará-lo, mas vai ter um objetivo bonito e altruísta no final, pois ele significa que algo de bom também pode vir das sombras da noite mais escura, não apenas do amanhecer do dia mais ensolarado).

Tchauzes.

Mangás

Tá tudo muito bem, tá tudo muito legal, mas sempre tem um "mas". Nesse caso, dois. O primeiro "mas" é o que se refere ao segundo "mas". O segundo "mas" não se relaciona ao primeiro. Vamos parar de encher linguiça, certo?
Bem, sabem como a vida fica meio vazia quando você acaba de terminar de ler um bom mangá/livro/frasezinha debilóidica de figurinha de chiclete (not)? Me sinto meio assim. Enquanto eu não encontro o livro que meu pai estava lendo (O Código Da Vinci), eu queria um bom mangá para ler online.
Requisições:

- a história esteja completa;
- não tenha personagens clichês;
- não tenha personagens com poderes alá Dragon Ball Z nem Cavaleiros do Zodíaco;
- tenha uma história que faça sentido;
- tenha apenas um final, não 665 finais alternativos;
- não tenha os seguintes personagens:
* aquele otário filho da puta que é anti-social e se acha mais foda que todo mundo;
* aquele otário que acredita que amizade é tudo e até queima a roelita pelos amigos;
* aquela vagabunda que tá sempre vestida de rosa e é o xodó dos otakus punheteiros;
* o nerd;
* e todo e qualquer imbecil que fique com aquela boquinha-de-gato ( :3 ).
- seja algo original;
- não tenha personagens canastrões;
- e, principalmente, não fiquem um episódio inteiro analisando o oponente e pensando na morte da bezerra antes de uma briga.

É só isso. Postem as sugestões nos comentários. Valeu.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

The Boondocks

The Boondocks é um anime (desenho japonês) que fala sobre um velho que se tornou guardião legal dos seus dois netos que viviam na cidade grande. O neto mais velho é um idealista politicamente correto, vegetariano e defensor dos direitos dos negros, o mais novo tem merda na cabeça, adora armas e é um rebelde. O velho procura ensinar a eles sobre os valores humanos, apesar destes não valerem mais porra nenhuma na sociedade de hoje.
Tirando toda a sacanagem, baixaria, putaria, humor-negro, linguagem explícita (quem sou eu pra dizer isso? lol) e tipos variados de falcatruas, o anime é toda uma crítica à sociedade, valores morais, ética, comportamento e justiça.
Eu recomendo, mesmo não devendo fazer isso, pois esse não é um blog de propaganda, mas foda-se. É uma coisa legal pra assistir. Não dá pra ver online, mas vocês podem baixar os episódios. É muito bom.

Flw p6.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um Artista Vazio

Acordou tarde naquela manhã nublada. O ar frio entrava pelas janelas do apartamento entulhado de obras não-publicadas, feitas por ele mesmo. Quadros pintados, empilhados em vários cantos, poesias não acabadas em cima de sua mesa. Andou até o banheiro e fitou seu reflexo, desanimado. Os olhos vermelhos, circulados por olheiras, o olhar vago e a barba ainda por fazer. Em baixo das estantes cheias de livros de variados assuntos, em sua escrivaninha jazia um artigo de opinião que ainda tinha terminar para o jornal. Qual era o assunto mesmo? Deixa pra lá... A bebedeira no pub de ontem à noite ainda martelava em sua cabeça, assim como as rimas das poesias ruins declamadas pelos péssimos autores que passavam por lá. Ainda iria achar um verdadeiro poeta para ouvir e apoiar.
Passou pelo pequeno quarto cujo interior era socado de instrumentos musicais, e deu uma boa olhada nas partituras nas quais trabalhava no seu tempo livre. Ainda não estava como ele queria. Jogou os papéis no lixo. Saiu do apartamento. Caminhava pelas ruas, meio sem destino, sem perceber que seus pé o guiavam para o mesmo lugar, que ele estava passando a frequentar cada vez mais vezes. Observava as pessoas na rua. Cada um seguia com seus compromissos e sua vida... Mas onde iam todos? O que eles queriam? Ganhar dinheiro? Era só isso que os movia? Não dá para saber. Afinal, o que ele queria? No momento, uma xícara de café. Desviou seu percurso e foi, mais uma vez, à velha lanchonete para tomar uma xícara de café e comer alguma coisa. Mais uma vez na rua. Suspirou. Foi andando, perdido em seus pensamentos, sem dar atenção às pessoas que passavam por ele. Vazias. Roupas iguais, olhares sempre direcionados para frente, enquanto estavam distraídos com seus pensamentos e conversas sem conteúdo. Sentia-se só.
Mas e quanto a ele? Não queria dinheiro. Então, o que queria? Estava indo atrás de quê? Não sabia. Só queria ficar longe de multidões. Ainda tinha que terminar aquele artigo... Deixa para outra hora. Chegou onde queria estar. O parque no meio da cidade era vasto, verde e belo. Sentou-se mais uma vez naquela mesma pedra, em frente a o riacho ruidoso. E ficou observando a água passar, indo embora, sem saber para onde... Quanto tempo se passou desde que ele se sentou lá, em completa solidão e calma, no meio da correria frenética e sem sentido dos outros, nem ele sabe. Afinal, para que iria contar? Para ter outra coisa com a qual se preocupar? Para ter que se preocupar com quanto tempo ele reserva para si mesmo? Ridículo. "Uma vida regida por ponteiros é para os outros, não para mim." O riacho... O riacho movia algo dentro dele, que o fazia sentir-se bem. A sensação de vazio se tornava melhor, simplesmente por passar tardes inteiras fitando a água corrente. Relaxante... Indo, sem hesitar, para longe. Indo embora. E, mais uma vez, a noite cai. E, mais uma vez, ele vai até aquele pub fedorento. E, mais uma vez, ele ouve poesias ruins. E ele ainda tinha que terminar o artigo... Depois faria isso... Só mais uma poesia...